27 de dezembro de 2010

É que não hei-de mesmo adaptar-me a esta me*da do novo acordo ortográfico!

Caso contrário, já teria escrito hei de (medo, que aberração e atentado à língua de Camões!).

E aviso já que continuo a fazer anos em Junho e não em junho e que o Natal para mim continua a ser em Dezembro. Vou continuar a viver numa fracção autónoma e a elaborar actas (e não atas - isso para mim, significa outra coisa.). E aviso também que sou baptizada (e que jamais serei batizada). Jóia, no meu dicionário, continuará a ter acento (independentemente de não ter nenhuma...)

Por mim, podia cair já um asterÓide (e não um asteroide) e acabar com esta merda toda do acordo ortográfico. Lamentavelmente, mas com muito orgulho, vou começar a dar erros aos trinta. É triste, muito triste.

8 comentários:

Palavra Já Perdida disse...

Olha que eu acho que é uma valente bosta que ñ tem jeito nenhum...

Miss Strawberry disse...

Já somos duas!

Bluebluesky disse...

tres!!!

Maria disse...

eu jamais escreverei como o acordo manda. mas jamais. chamem-me burra, ignorante! mas JAMAIS o farei.

Bom fds

Miss Strawberry disse...

Boa Nicole, junta-te também ao clube!

AndreM disse...

Como costumo dizer: A partir de agora, se me virem escrever sem erros, perdoem-me. Foi erro meu!

Unknown disse...

Eu considero-me um detractor acérrimo do Novo Acordo, mas sou ainda mais detractor de fundamentalismos.

De facto, as premissas para a implementação do Acordo são pífias, e a concretização das mesmas assemelha-se a uma piada de mau gosto — porque, além de não as cumprir, ainda se afasta mais delas em alguns casos (uniformização da língua quando há vocábulos que passam agora a ter diferentes grafias à escolha?).

Não obstante, podemos analisar as modificações práticas do mesmo caso a caso. Fazendo-o, teremos de ceder, por muito que nos custe: vai haver alterações que fazem todo o sentido, ainda que sejam uma minoria.

Algumas são aquelas de que mais troçaste. Consideras «hei de» uma aberração e um atentado à língua de Camões, causando-te medo. Escreverás por ventura «havemos-de», «haveis-de», etc.? Outrossim, não passa da conjugação de um verbo — muito irregular, é certo — regido pela preposição «de», como tantos outros (e cujo hífen "obrigou" o título do teu post a ser uma infeliz salsada).

De igual forma, por que razão os meses e as estações do ano não hão-de ser tratados como meros substantivos comuns (como, de resto, os dias da semana)?

Vou ainda mais longe (isto custa-me, acredita). Há acentos que, em minha opinião, não fazem falta. Não me refiro ao acento de vocábulos como «pára» e «pêlo», obviamente (embora seja verdade que temos muitos outros exemplos de palavras homógrafas na nossa língua); refiro-me, precisamente, ao dos exemplos que deste...

Não me interpretes mal. Estou do mesma lado da luta que tu. Abomino as duplas grafias ou as caixas altas opcionais, abomino praticamente todas as supressões de consoantes mudas, abomino as novas regras do hífen (não que as anteriores fossem boas, mas não me parece que a solução seja, basicamente, invertê-las). De uma forma geral, abomino o Acordo. Não queria deixar de voltar a sublinhar isso.

Miss Strawberry disse...

AndreM, muito bom! Adorei o comentário.

Fábio, muito obrigada pelo teu comentário. Gostei do ponto de vista e confesso que tendo a concordar com a maioria do que ali referes. No entanto, é mais forte do que eu e, apesar de perceber a lógica do raciocínio, simplesmente não consigo escrever como "manda" o acordo.

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