10 de janeiro de 2011

Odeio quando sou apenas metade de mim

... mas é isso que tenho sido nos últimos tempos. Metade de mim. Em tudo.

Tenho sido metade de mim em tudo. Eu, que me dava em todas as coisas em muito mais do que era, agora vejo-me reduzida a apenas metade daquilo que sou [ou costumava ser, já não sei...]. E não há sensação pior que essa. 

Está na altura de partir em busca da metade que, inadvertidamente, sem me aperceber, deixei para trás. Volto quando a [me] encontrar.

4 de janeiro de 2011

A tranquilidade não chegou com o novo ano. Nem tão pouco a vontade, a garra e a determinação que eu tanto desejava. Continuo apática, a deixar-me embalar pelos dias que não hesitam em passar, que não se demoram, que não perdem tempo comigo...

Dezembro foi um dos meses mais complicados de sempre aqui no escritório. Dias inteiros a trabalhar, muitas vezes sem pausa para almoço ou jantar, chegar a casa a horas obscenas, noites muito mal dormidas, um cansaço extremo que se acumulou e me pesa nos ombros, deixando-me os ossos adormecidos à custa de tanto esforço.

Tinha prometido a mim mesma voltar em força este ano. Dar mais de mim em tudo o que faço, com alma e dedicação. Cuidar de mim, dormir bem, ter uma alimentação saudável, regressar ao ginásio, ao yoga, às aulas de italiano, ler mais, ir ao cinema e ao teatro, dedicar-me (ainda) mais à família e aos amigos...

Fico cansada só de pensar nisto tudo.

Talvez esteja a exigir demasiado de um novo ano que, afinal de contas, é só mais uns dias num emaranhado de dias que se repetem incessantemente.
Talvez esteja a depositar grandes expectativas em algo que não tem significado nenhum. Talvez esteja na altura de perceber que um novo ano, por si só, não é nenhum recomeço e retirar essa pressão dos dias que passam no calendário.

Talvez esteja na altura de perceber que a mudança tem de começar em mim, sem dia ou hora marcada... 

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