30 de setembro de 2009

Inveja é coisa feia...



...mas é o que sinto quando me perco, horas e horas, em alguns dos blogs que moram aqui ao lado!

Vicissitudes de um grande escritório de advogados



A Directora dos RH: Então querida, é hoje o seu último dia aqui, não é? Já arrumou as suas coisinhas?

Ela: Não, claro que não. Está a falar de quê?

(silêncio)...


Nota: E foi mesmo o seu último dia! O sócio responsável do departamento é que, aparentemente, se "esqueceu" de lhe dizer... ups!



Às vezes dou por mim a falar sozinha.
E a responder(-me).
Assim do nada...

Tenho tantas saudades dos tempos pré-insanidade...


Um dos alunos do Curso de Escrita Criativa queixou-se que era demasiado sintético na sua escrita. Eu queixo-me do contrário. Raios! Nunca ninguém está satisfeito com aquilo que tem!


Foto daqui: http://angelitascardua.files.wordpress.com/2009/05/fita-metrica.jpg

Elogio ao amor



Se há coisa que me faz confusão é (quase) todos os dias receber a notícia de alguém que se separou ou está prestes a fazê-lo... Porque o amor acabou, porque as mentalidades mudaram, porque as prioridades passaram a ser outras, porque as discussões se tornaram rotineiras, porque o diálogo deixou de existir e, às vezes até, apenas porque sim. Ora, é precisamente isto que me faz confusão. As relações não deviam terminar apenas porque sim. Passo a explicar.

Eu sou daquelas pessoas que tem uma visão romântica (mas não exacerbada) do amor. E faz-me confusão que as relações amorosas das pessoas à minha volta terminem assim do nada, por vezes mais depressa do que começaram... Não é o acto em si (o de terminar, entenda-se) que me transtorna. Não é o facto de duas pessoas terminarem uma relação, de sua livre vontade, que me incomoda... Ninguém deve ficar prisioneiro de uma relação se não amar a outra pessoa. Eu acredito e, para mim, só assim faz sentido, que toda a gente tem o direito de pôr fim a algo que não o faça feliz nem o satisfaça seja a que nível for. Mas o que me transtorna mesmo é a displicência com que o fazem, a falta de espírito de sacrifício para, por vezes, continuar a batalhar só mais um bocadinho e tentar salvar um relacionamento que, provavelmente, teria tudo para dar certo...

O que me faz confusão é as pessoas desistirem à mínima adversidade, ao mínimo entrave apenas porque acham, de repente, que já não estão felizes e que a pessoa que têm ao seu lado já não as preenche. Porque perdem a consciência de que momentos maus existem em todas as relações e existirão sempre. Porque preferem, simplesmente, desistir... (em vez de fazer um pequeno esforço, tentando de forma consciente ultrapassar as pequenas adversidades com que se deparam). Apenas porque é muito mais fácil...

Não estou a generalizar nem o pretendo fazer. Bem sei que cada caso é um caso. Estou apenas e tão-só a falar de casos concretos, de situações que me são familiares. E apeteceu-me escrever este post porque fico triste com todas estas situações que se passam à minha volta.

Porque o amor merece muito mais e não devia ser tratado com desprezo e vivido com leviandade... Porque o amor também significa sofrer (muitas vezes em silêncio) e bater com a cabeça nas paredes. Mas significa também partilhar, dividir e multiplicar e, principalmente, perdoar. E saber ceder e dar de si. Mais do que se espera poder vir a receber em troca...

29 de setembro de 2009

Conversas surreais

L. says: ta tudo bem
I say: tudo e convosco?
L. says: tanbem ta tudo bem
L. says: kuando e k podem vir ca a nossa casa
I say: n sei...
L. says: ta cdificil de virem ca
L. says: este fim da pra voçes
I say: não, este fim-de-semana vamos para fora
L. says: ou entao no fim de semana do feriado de dia 5
I say: esse é o próximo!
L. says: ya
L. says: da pra voçes
I say: já tinha dito q não... nesse vamos para fora
L. says: entao e os este ve o outro k vao s r e isso
I say: n percebi nada do q escreveste agora...
L. says: tou a dizer k este fim de semana e o dop feriado vao s r
L. says: percebeste des lpa n de esplicar bem
I say: mas este fim-de-semana e o do feriado são uma e a mesma coisa....
L. says: agora sou eu k n percebi
L. says: ya tena razao este fim de semana e ja o feriado
L. says: tava a confundir
L. says: des  lpa tou burra
 
Nota: todo este texto vinha ainda acompanhado de imensos bonequinhos, tipo hello kittys e bart simpsons (que me irritam solenemente) que tornaram a comunicação ainda mais difícil... Como se não bastassem já os erros ortográficos...

Eu juro que é hoje...



E depois de ter passado o Verão inteirinho a prometer a mim mesma que em Setembro vou-todos-os-santos-dias-ao-ginásio-sem-excepção-e-juro-que-não-vou-inventar-qualquer-tipo-de-desculpa-esfarrapada-pelo-meio-para-não-ir-juro-que-não, eis que chego ao penúltimo dia do mês prometido e constato que não meti lá os pés uma única vez! Shame on me...

E, portanto, de hoje não passa! Palavra de Miss Strawberry...

28 de setembro de 2009

O que tu significas para mim



Lembro-me quando andava completamente perdida. Foi uma fase horrível da minha vida (não há muito tempo atrás) em que, simplesmente, já não esperava nada do amor. Julguei até, naquela altura, que já não seria sequer capaz de voltar a amar...

Sei que te fiz sofrer com as minhas indecisões, com as aproximações repentinas e com os afastamentos inesperados, ainda mais bruscos, vindos do nada, quando tu julgavas (e, às vezes, até eu) que de um recomeço se tratava...

Peço-te desculpa por tudo o que de horrível te fiz sentir. Por te ter feito querer odiar-me e, principalmente, por te ter dado razões para o fazer... Por ter preferido viver na corda bamba, cheia de inseguranças, medos e desconfianças em vez de ter aceite o amor e o conforto que tinhas para me dar...

Mas só assim consegui definir-me e definir aquilo que existia entre nós. E todos os nossos encontros e desencontros, todas as nossas ilusões e desilusões, todos os encantos e desencantos que marcaram essa fase e tanto nos magoaram, serviram precisamente para trazer ao de cima o amor que havia em nós e a certeza de o querer viver. 

E por isso, quero também agradecer-te (aliás, não tenho como não o fazer...). Por seres uma pessoa melhor que eu, por nunca teres desistido de mim, por teres perdoado as minhas falhas, por me aceitares tal como sou. Por me amares da forma como o fazes, sem pedir nada em troca, sem exigências nem desassosegos... Por quereres fazer de mim uma pessoa melhor e, principalmente, por me fazeres querer ser uma pessoa melhor...

Parabéns, querido G., pelo nosso primeiro ano. Amo-te.

25 de setembro de 2009

Eu já fui tão feliz aqui...

E tenho saudades... tantas....

Da praia, da Bintang ao fim do dia, naquele areal quase deserto. E de, em silêncio, admirar o sol poderoso que teimava em esconder-se... E de tantas outras coisas que nem vou falar só para não desatar a chorar...





Praia de Padang Padang, Bali, Indonésia

Noites agradáveis

5.ª feira à noite. Bairro Alto. Um calor descomunal. 7 Conhecidos que se podem tornar bons amigos num futuro próximo. Restaurante pequenino, muito cozy. Comida excelente. Vinho bom. MUITO BOM. Digestão difícil (um mês de dieta e é o que dá). Conversa fluida. Milhares de palavras trocadas. Fixei "Esquerda caviar". Gostei da expressão. Últimos a sair do restaurante (as usual). Milhares de estudantes no alvoroço das praxes. O CAOS. Regresso a casa. Cansada e de rastos. Mas gostei. Bastante. Há noites assim. Simplesmente agradáveis… 


Hoje estou assim. Semi-telegráfica. Apeteceu-me!

24 de setembro de 2009

Eles estão velhos

Acabou de entrar no meu gabinete um dos sócios deste escritório onde trabalho há alguns anos. Passou à nossa porta e parou para dois dedos de conversa. Enquanto falava, não deixei, por um segundo, de fixar os meus olhos nele. Observei atentamente o seu rosto cansado, os cabelos que, aceleradamente, teimam em tingir de branco todos os outros, o ar fatigado, os ombros curvados e os óculos transparentes que agora usa quase na ponta do nariz. Atentei igualmente nas palavras e piadinhas de circunstância que insiste em utilizar sempre que passa para dizer um olá.

Lembro-me perfeitamente do V. no primeiro dia em que aqui comecei a trabalhar. Recordo o seu olhar jovial e a simpatia das palavras com que me recebeu no departamento onde era associado sénior. Hoje, é sócio do seu próprio departamento. Tem pouco mais de 40 anos. Hoje olhei para o V. e vi um homem velho, acabado. E assustei-me. Porque não passou assim tanto tempo desde a primeira vez em que o vi.

Falo do V. como poderia falar da maior parte das pessoas que aqui trabalham. E decidi que não quero envelhecer aqui...




Disappointment


Acordaram esquisitos pela manhã. O quarto escuro, apenas ligeiramente iluminado pelos pedacinhos de sol que se esgueiravam pelas frestas dos estores semiabertos... Ela sentiu que algo não estava bem. Ele também mas não disse nada. O costume.

Saíram de casa como se nada fosse. Levou-a ao escritório, como em tantas outras vezes. Ela inclinou-se para o beijar, ele deu-lhe a face...

Não faz mal. Eu amo-te na mesma.

23 de setembro de 2009

Viagens ao almoço





Hoje comprei uma daquelas revistas de viagens. Aproveitei a hora de almoço e deixei que me transportasse para todos aqueles lugares tão próximos, tão distantes, tão belos e tão puros.... deixei que me apresentasse a todas aquelas pessoas... Gostei do que li e do que vi. Gostei da forma como todas aquelas imagens e descrições se apoderaram de mim e me fizeram querer ser uma espécie de nómada de mochila às costas. Gostei de ter desejado, por momentos, não ter de voltar ao escritório da parte da tarde. Gostei, principalmente, de ter desejado não ter emprego nem uma casa para pagar nem sequer qualquer espécie de obrigações e responsabilidades.

Vi-me a comprar um relógio de cuco a um artesão no meio da Floresta Negra. E a provar um whisky de renome naquela destilaria na Escócia (e eu nem sequer gosto de whisky!). Imaginei-me a confraternizar alegremente com aquele casal amoroso que tem uma pequenina loja de surf nas redondezas (o que me fez desejar ainda mais a nossa vidinha a dois, em Bali, com o nosso surf camp e o meu bar na praia...). Vi-me a contemplar, em silêncio, a beleza aterradora do Vietname e o pôr-do-sol em África, a mergulhar nas águas da Malásia, a entrosar-me com as gentes da Índia... Vi-me a percorrer cada pedacinho de solo, a explorar florestas e desertos, a desbravar praias solitárias e locais perdidos no tempo. Vi-me a travar conhecimento com tantas pessoas diferentes de mim e de todas aquelas que me rodeiam...

Viajei imenso à hora de almoço. E gostei tanto...

foto: http://bellsblog.files.wordpress.com

Voltas e mais voltas





Voltas e voltas para a direita. Voltas e mais voltas para a esquerda. Abraços apertados a mim mesma. Pés enroscados nas pernas de uma maneira que só eu consigo. E nada. Nadinha. Esta noite nada me conseguia aquecer. Demorei horas (literalmente) até conseguir adormecer, de tão gelada que estava.

Esta é, claramente, uma das desvantagens de dormir sozinha...

22 de setembro de 2009

Surfer Girl

E porque já me sinto outra, estou assim cheia de vontadinha de voltar a fazer coisas que me deixam o espírito leve... Por isso, já decidi que no próximo fim-de-semana vou pedir ao meu mais-que-tudo para me voltar a dar umas aulinhas de surf!






Rezo, no entanto, para não voltar a fazer aquelas figurinhas que fiz há cerca de um ano atrás... Miss Strawberry, enrolada numa onda, qual salsicha em couve lombarda, arrastada pelo mar e a reboque da prancha até dar à costa... Foi um fartote de rir para quem estava no areal (e, verdade seja dita, para mim também que desatei a rir que nem uma perdida). Corada e atarantada mas feliz!


foto daqui: www.mfieldart.com

Feeling good


Quando tudo está dito, nada mais há a acrescentar...



"Stars when you shine
You know how I feel
Scent of the pine
You know how I feel
Yeah freedom is mine
And I know how I feel
It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good..."


Aviso: este texto deverá ser acompanhado da respectiva banda sonora. Experimentem a versão de Muse... é genial! 

Sem título, parte III*


É este sufoco que tenho dentro de mim e não me deixa respirar... É esta mágoa que me entristece e me possui. É esta dor no estômago que me faz engolir em seco, desesperando... É o querer libertar-me e fugir... para bem longe de mim. É esta tristeza toda que sinto, sem motivo aparente... A infelicidade extrema que se alojou,  de mim se apoderando sorrateira, destruindo todas as minhas defesas... corroendo-me, devagarinho, maliciosa e indiscreta. Por dentro e por fora... silenciosamente...

É chegada a altura de fazer O balanço definitivo na minha vida. Decidir andar para a frente sem voltar a olhar para trás, desejando um passado que há muito se perdeu no tempo...

Voltar a ser quem era ou quem sempre desejei ser, intimamente... The time is now. É o agora que conta e é agora que eu tenho de viver! Mas viver MESMO, viver a sério, sem ter medo de nada nem de ninguém. Ser eu mesma, simplesmente. E gostar de mim tal e qual como sou. E aprender a viver comigo, com esta que sou eu...

Daqui a pouco vou acordar. Mas não vou simplesmente acordar, abrir os olhos e levantar-me da cama. Vou acordar por dentro, vou despertar tudo o que existe de bom em mim e que está adormecido há tanto tempo. Vou começar uma nova era, livre dos meus fantasmas, despreocupada e feliz!

Lembro-me agora por que te tatuei no corpo... para me lembrares, todos os dias, que mudar é possível e que eu sou capaz de o fazer. Porque sou forte e porque está, simplesmente, à distância de uma atitude positiva...


Hoje sinto-me o tempo nos Açores...num só dia consigo ser Inverno, Outono e Primavera (o Verão aproxima-se, mas vem lá ao longe, mansinho e cuidadoso....)



* ou como a expressão não há duas sem três faz, para mim, todo o sentido...

21 de setembro de 2009

Sem título, parte II

A minha sorte é que com o passar do dia, a minha mente acalma e tudo volta ao seu devido lugar...



Sem título

Ainda em balanço, confesso que a disposição não tem sido a melhor. Tenho andado apática, meio azeda e instável. Ando embirrante, bem sei, e sem vontade para nada. O que me tem apetecido mesmo é ficar sossegada no meu cantinho, sem grandes alvoroços... E tenho andado assim meio deprimida, tristonha e de carinha baixa... E eu não queria estar assim, juro! Aquilo que eu mais queria era andar sempre enérgica, ocupada, com um sorriso estampado no rosto e sentir-me feliz... E depois faço a pergunta inevitável a mim mesma: "E por que motivo não te sentes assim?". E fico sem resposta... Não sei, não sei mesmo... Tudo à minha volta está tranquilo... Não há cá amores e desamores, não há zangas, não há pressões, no trabalho também está tudo tranquilo, a família respira saúde e alegria... não entendo...

Ou será que entendo... será por isso? Será por tudo estar em perfeita sintonia e no seu devido lugar que eu me sinto assim? Será por não sentir insegurança à minha volta que me sinto apática? Será por já não ter receio nem andar numa procura constante em busca de algo que nem eu sei? Será que preciso do desconforto da incerteza, da sensação de insegurança, para me sentir espicaçada? Será que a minha energia e felicidade existem quando ando à sua procura e não quando as tenho em mim? Raciocínio falacioso, este... Será que sou esquizofrénica, bipolar? Ou serei apenas uma insatisfeita por natureza, sempre em busca de algo mais, sem que eu própria conheça os meus limites? Será que algum dia conseguirei olhar para a imagem reflectida no espelho e questioná-la: "Estás feliz?" E será que chegará o dia em que o reflexo de mim mesma me responderá "agora sim"?

Sinto que a minha vida se tornou numa plataforma flutuante, sem alicerces, sem estrutura, desprendida de tudo... sinto que navego sem âncora, sem nada que me prenda...ando à deriva, inconsequente... baralhada e confusa...

18 de setembro de 2009

Sextas-feiras

As sextas-feiras têm, definitivamente, qualquer coisa de mágico, que me deixa empolgada. Não, não é de agora. Sinto isto, pelo menos, desde os tempos em que andava na faculdade. Os motivos é que são outros, provavelmente...

Se dantes me entusiasmava o aproximar de mais um fim-de-semana pelo regozijo que me dava sair à noite (o que eu adorava sair à noite à sexta-feira!), estar com os amigos durante horas a fio a desbravar as madrugadas (e ficar - tantas vezes - de rastos o resto do fim-de-semana), andar sempre a passarinhar de um lado para o outro (nos dias em que me sentia mais enérgica) ou a ver filmes esparramada no sofá uma tarde inteirinha, de pijama vestido (nos dias em que a ronha se apoderava de mim sem pedir licença), agora o entusiasmo é, definitivamente, outro!

Agora gosto das sextas-feiras porque elas significam uma quebra no meu dia-a-dia, por vezes, TÃO rotineiro! E porque significam que vou para aquele lugar, junto ao mar, que me conhece tão bem e onde eu me sinto tão diferente... por tudo e por nada... onde eu posso andar descalça e dançar na areia, onde eu posso respirar ar puro e sentir a brisa do mar a entranhar-se em mim, onde posso ser praticamente abalroada pelo vento que às vezes se faz sentir (e, ainda assim, adorar a sensação...), onde posso, numa palavra, sentir-me... e isto diz-me tanto! (cada vez mais... talvez seja um sinal de amadurecimento...)

Bom fim-de-semana...


Pensamentos dispersos





Às vezes sinto que vivo numa realidade que não é a minha...

É como se o meu espírito, de repente, se elevasse e abandonasse o meu corpo, deixando-o inócuo, vazio e prostrado sozinho no lugar onde se encontra... O meu corpo fica no presente mas o meu espírito viaja no tempo, ora se afundando num passado submerso ora tentando desbravar um futuro imperceptível... como se quisesse corrigir algo, em jeito de penitência, ou alcançar uma nova verdade, em jeito de recomeço...

É como se divagasse pelo espaço, aos tropeções, se incorporasse numa e noutra massa e  por mim gritasse, ao longe, exigindo-me que largue tudo e o acompanhe...


17 de setembro de 2009

Duplo Orgasmo


É o que me acontece quando me ponho a ouvir o novo cd de Muse e a devorar cada palavrinha do "Adeus" do meu querido Eugénio de Andrade...

Obrigada a ambos por me fazerem sentir o que me fazem sentir!

Um dia faço um balanço da minha vida... hoje é o dia!

 
Por isso, logo à noite, quando sair do escritório e estiver no conforto do meu lar, sozinha, em paz e sossegada, vou fazer o balanço destes meus 28 anos de existência.
Vou analisar as opções tomadas, vou ponderar atitudes e vou esmiuçar todos os momentos importantes que me transformaram naquilo que sou hoje.
E vou limar arestas, tentar definir-me e encontrar-me (na amálgama de desejos, sonhos e pensamentos que conflituam no meu cérebro) e delinear o rumo a seguir  - até ao dia em que, certamente, farei um novo balanço...  

Virada do avesso

Hoje estou virada do avesso. Eu não queria, juro que não queria. E ainda tentei fazer um esforço. Quando o despertador tocou às sete e meia (e eu achava que ainda a noite ia a meio), fechei os olhos, meditei um bocadinho e pensei: "não vou deixar que o sono tome conta de mim". Esbocei um sorriso (para mim mesma) e levantei-me. E lá me arrastei até à casa-de-banho, fechei a porta (para não acordar o G.) e tomei o meu banho matinal (acompanhado de uns jactos de água gelada finais para tentar acalmar os ânimos e ficar desperta).
Mas nem isto resultou e tenho estado, desde então, de tal forma irritada que quase acredito que me transformei numa mina antipessoal prestes a explodir. E palpita-me que não vai passar assim tão depressa...
ODEIO estes dias assim!

16 de setembro de 2009

Os meus pequenos luxos

Se há coisa que eu adoro são perfumes. Quem me conhece bem sabe que não vivo sem eles. É um luxo que não dispenso.
Se saio de casa sem perfume, sinto-me nua e confesso que foram já muitas as vezes em que tive de voltar a casa só para deixar de me sentir assim...
Desde adolescente que associo o cheiro de um determinado perfume a momentos especiais, a recordações que permanecem em não sair da minha memória, a sentimentos que em mim ficaram...
Há perfumes que me lembram cada uma das viagens que fiz...
...os dias de aulas na faculdade...
...as saídas à noite com as amigas...
...as saídas a dois...
...a doença da minha mãe (esse perfume que, por razões óbvias, não consigo voltar a usar)...
...os dias de Inverno...
...os dias de praia...
...os dias em que fico em casa, enroscadinha no sofá...

Há perfumes que me trazem à memória excertos, por vezes indefinidos, da minha vida, das coisas boas e más por que passei, dos sonhos que tive, dos momentos de desilusão e angústia mas também dos momentos alegres e misteriosos...

Olho para eles, expostos, e vejo-os como se fossem os meus melhores amigos.. por todos os momentos que passámos juntos, pelas (in)confidências partilhadas, pela marca que deixaram em mim...

Deixo aqui a foto do meu amigo mais recente...

Coisas ridículas

Eu acho que há coisas que só me acontecem a mim. Ainda não consegui perceber porquê mas talvez um dia destes o universo se justifique.
Ontem tive uma acção de formação interna ao final do dia. Confesso que o cansaço já era algum mas, pelo respeito que tenho por quem passa, dias a fio, a preparar estas formações, fiz um esforço adicional e fui. A intenção não era ficar até ao fim e, dado que fiquei perto da porta de entrada, iria tentar sair de fininho assim que possível...
Após hora e meia, já estava completamente desconfortável, com aquele nervoso miudinho que se instala em nós quando não queremos estar num sítio e começamos a conjecturar a melhor forma de sair dali rápida e discretamente...
Estava eu imersa nos meus pensamentos distantes, thinking on a way out, e pus-me, descuidadamente, a brincar com um dos meus anéis. O estúpido, que não tem outro nome, saltou-me da mão e pôs-se a rebolar, como se não houvesse amanhã, só parando no chão, mesmo em frente à mesa dos formadores.
Um deles levantou-se, apanhou-o e disse: - "Depois venha buscá-lo no fim."
 - "Com certeza, muito obrigada."
Moral da história n.º 1: nunca anseies pelo fim de algo, pois este pode prolongar-se muuuuuito para além das expectativas razoáveis.
Moral da história n.º 2: nunca leves anéis para uma formação e, ainda que o faças, nunca te ponhas a brincar com eles!

15 de setembro de 2009

Estocolmo ou Helsínquia?

Estocolmo



ou
Helsínquia





para umas férias pré-natalícias?

Aspirina

"Desprenderam-me assim, de repente, retirando-me do meu invólucro frio e escuro sem que me apercebesse...
Caio na água gelada, fico tonta, rodopio e começo a ver o meu corpo a desagregar-se de mim.
Não penso mais, apenas me dissolvo por inteiro..."
E foi assim que começou o meu curso de Escrita Criativa. "Imaginem que são uma aspirina efervescente a cair dentro de um copo de água." E foi o que fiz... E adorei a sensação de me poder transformar numa simples aspirina, cujo fim se aproxima... É por isto que adoro o poder da escrita. Numa folha em branco, posso ser quem quiser, posso ser o que quiser... Numa folha em branco, consigo revelar-me e ser quem realmente sou, sem máscaras nem disfarces. E posso até preencher essa imensidão de nada com o vazio que, por vezes, sinto em mim...

É por isto que a escrita é, para mim, a melhor terapêutica. O curso, esse, vai ensinar-me como administrá-la nas doses certas, durante os próximos quatro meses...

14 de setembro de 2009

Desilusão




















É a expressão que tenho estampada no rosto e o sentimento que me atormenta...
Na minha deslocação propositada à Fnac, à hora de almoço, saí de lá assim quando me disseram que ainda não estava à venda o novo álbum da banda que me define...




Weekend

Gostei deste fim-de-semana porque o vivi intensamente.
Gostei dos deliciosos momentos em família...
Soube-me pela vida a manhã de sábado, na esplanada, eu e tu e a D. e as minhas revistas...
Amei o passeio a três pelas furnas...
Adorei o Revolutionary Road no quentinho de casa e enroscadinha em ti no sofá...
Gostei da manhã cinzenta e fria com que um dos dias me brindou...
Fiquei extasiada com o dia de praia que esteve ontem, com os mergulhos que dei naquela água gelada e com o pequeno búzio encarnado que a D. apanhou para mim...
Gostei das caminhadas ao final do dia e da pizza maravilhosa daquele sítio especial...
E sei que não irei esquecer (porque gravei o momento naquele sítio especial da minha memória que o tempo jamais conseguirá apagar) o que vi ontem à noite. Um espectáculo maravilhoso de luz e cor, de um azul-petróleo fluorescente, brilhante, momentâneo e intenso, protagonizado por aquele mar que me enche a alma e o coração, o guardador de todos os meus sonhos e segredos...


11 de setembro de 2009

Up

Esta semana fui ver o Up...Altamente!
Adorei!!! O filme, as personagens, a história e a mensagem subjacente! Adorei do princípio ao fim! Um filme para crianças que os adultos adoram (ou, se quiserem, um filme para adultos com que as crianças deliram!). Amei a história de amor, fiquei fascinada com a casa flutuante (desde miúda que imaginava fazer o mesmo à casa onde vivia...), fiquei deliciada com os sorrisos da D. e com os saltos que dava na cadeira quando se assustava mas o que eu adorei mesmo foi quando, no final do filme, o G. se vira para mim e diz: "Eu prometo que vou fazer tudo para não deixarmos o nosso livro das "Coisas Que Ainda Queremos Fazer" em branco!"


Pois G., deixa-me que te diga: "Do que depender de mim, podemos começar (continuar) já este fim-de-semana. Domingo quero ir ao Jardim Zoológico!!!" (acho que o filme despertou a criança que há em mim.....)

10 de setembro de 2009

E se...#2


E se eu me deslocasse agorinha mesmo ao gabinete do meu chefe e lhe dissesse:

"D., tem sido um prazer trabalhar consigo durante estes quatro anos e alguns meses. Sem dúvida que foi um excelente mentor e consigo aprendi como ser uma excelente profissional neste mundo cão. Também não me esqueço de todos os conselhos dados nas alturas certas e de todos os raspanetes e berros que tanto me fizeram evoluir. Mas decidi dar um rumo diferente à minha vida e compreendo agora que a profissão que escolhi, provavelmente, não foi a mais acertada. Estou saturada e preciso de uma mudança. Aliás, necessito antes de mais de uma quebra na minha carreira para pôr as ideias em ordem e, quem sabe, não farei até uma volta ao mundo?. Todas estas horas diárias que passo em frente ao computador (sem contar com as inúmeras deslocações a conservatórias, serviços de finanças, tribunais e as célebres realizações de auditorias fora do escritório!) estão a dar comigo em doida e sinto que não é este o meu lugar. Não saírei de imediato, pois quero dar-lhe tempo para que encontre outra pessoa para o meu lugar, ....."

Ele interromper-me-ia e diria de imediato, como é seu apanágio: "Estás despedida! E não te esqueças que temos amanhã às 10h uma conference call com um cliente novo!"

"Sim, chefe, cá estarei...."

 


E se...#1


E se o teu namorado te oferecer flores, assim do nada?
É bom, mesmo muito bom!
Principalmente se forem umas margaridas azuis, lindas de morrer!
Obrigada G. por gostares de mim assim e por mo demonstrares todos os dias!

9 de setembro de 2009

Há dias assim... iguais a mim!

Eu acho que é por ser um dia especial.... (não fosse eu a "maluquinha dos números" e não desse uma imperial importância a um dia como o de hoje)
Ora cai um verdadeiro dilúvio acompanhado de uma trovoada estrondosa que quase me faz cair da cama (tal foi o susto que apanhei!) ora está um belo dia de sol resplandecente com imenso calor à mistura!
Não posso deixar de pensar que foi feito mesmo, mesmo, mesmo à medida aqui para a "je" (que me perdoem o egoísmo)! É que até nas mudanças de humor repentinas somos iguaizinhos!
São Pedro, esta é especialmente para ti: muito obrigada pelo dia com que hoje me brindaste. Acordar assim, bem cedo pela manhã, com a Sra. Chuva (a chorar que nem uma Maria Madalena com o coração em farrapos) e com a Sra. Trovoada (aos berros, irritante e imponente como só ela sabe ser) enche-me o ego! E, vá-se lá saber porquê, deixa-me feliz!
São todos aqueles sons maravilhosos e pujantes...,
o cheiro delicioso a terra molhada que permanece no ar...,
a força com que a chuva bate nas vidraças...
... que me deixam completamente inebriada e de sorriso estampado no rosto... Obrigada!

Posted by Miss Strawberry on 09.09.09

Sem aviso prévio

No Domingo passado, regressei ao meu cantinho. Com o fim da Silly Season, terminou também a minha estadia em casa do G. Com as vantagens e desvantagens inerentes. Estar sozinha é, para mim, essencial. Eu ADORO estar sozinha. Aliás, bem vistas as coisas, eu preciso de estar sozinha... às vezes, bastam-me uns minutos por dia, apenas para reflectir e para pequenas introspecções... Mas quando o tempo de partilha é extenso, como foi o caso, preciso mesmo de alguns dias para conseguir recuperar a minha paz interior.
Não é que não goste de viver com o G. Ele é uma pessoa com quem é bastante fácil partilhar o mesmo tecto. Lá temos as nossas desavenças, pequenas discussões e implicações (não é ao acaso que me chama "Little Miss Bossy") mas tudo isso faz parte da vida a dois e eu não o renego. Tenho perfeita noção de que para estarmos bem com a pessoa com quem partilhamos o nosso espaço físico e emocional, temos de fazer alguns sacrifícios e saber ceder... E eu cedo e ele também.
Mas preciso do meu espaço e foi por isso que decidi voltar ao meu cantinho e partilhá-lo comigo mesma... É bom termos o nosso próprio espaço, físico e emocional, e eu só consigo estar bem com os outros quando estou bem comigo. Portanto, regressar ao meu cantinho foi a opção ideal e a mais sensata...
O pior são as saudades, a vozinha de cachorrinho abandonado ao telefone, o desejar o quentinho do seu corpo encostado ao meu, o beijinho especial de boa noite... e era em tudo isto que pensava ontem à noite, quando estava prestes a deitar-me e alguém bateu à porta.

Quem era?
O G.
Apareceu na altura certa. Porque o amor tem destas coisas...aparece assim...sem aviso prévio...

8 de setembro de 2009

Será só a mim?!?

Será só a mim que me apetece largar tudo e conhecer países longínquos e perfumados de novas culturas?
Serei a única a querer despojar-me da hipocrisia, do cinismo e do oportunismo que me rodeiam e embarcar numa aventura pelo desconhecido?
Será só a mim que me apetece fugir daqui para fora?!?

Eu juro que gosto da vida que tenho... Gosto do amor e da dedicação que tens por mim, gosto da forma especial como me olhas nos olhos, gosto de saber que estás sempre presente... Gosto do carinho e orgulho que os meus pais têm por mim... Gosto da "maluca" da minha irmã (que, por sinal, tem as ideias cada vez mais no lugar devido)... Gosto daqueles 4 anos de ser humano esplendoroso que partilha os nossos fins-de-semana de quinze em quinze dias... Gosto dos poucos amigos que tenho e da forma como eu e eles estamos sempre presentes quando é preciso... Gosto da minha amiga X., que é a pessoa mais genuína que conheço... Gosto da segurança e do conforto que o meu trabalho me proporciona... Gosto da minha casinha (que é cada vez mais o meu mundinho)... Gosto do sítio onde passo os fins-de-semana, das paisagens cinzentas e ventosas, das praias desertas, dos sítios especiais que se encontram escondidos... Gosto das escapadinhas que fazemos às vezes em busca de novos lugares neste nosso cantinho à beira-mar estacionado...

... mas não me chega.... O encantamento que o desconhecido me provoca, por vezes, não me deixa respirar... O querer rasgar a monotonia que insiste em permanecer em mim, os dados adquiridos e os lugares comuns que me acompanham, o querer quebrar com todas as regras e protocolos faz-me querer mais. E faz-me querer sair daqui...

7 de setembro de 2009

Procura

Rasgo a auto-estrada deserta e desfaço todas as suas curvas em silêncio. A noite sombria assusta-me mas não tenho receio. Sigo confiante em busca de metade de mim. Metade está contigo, comigo, connosco e com os outros, a outra metade perdeu-se algures, num tempo remoto... mas precisa de mim. E eu preciso dela.
Preciso dessa metade para sobreviver, para voltar a sorrir por dentro, e por isso a procuro. Procuro a sua sombra, metade da minha sombra. A metade que agora existe não me chega, não nos chega...
Metade de mim, metade de mim se desprende. Devagar, mais depressa, a cem à hora alcança uma velocidade imperceptível.... às vezes sinto que também ela foge de mim, tal como eu fujo de mim mesma. Como é fugaz a minha alma, ao querer, assim, desprender-se de mim...

Procuro-a. Procuro-a desesperada. Tenho a certeza que irei encontrá-la. E encontrar-te-ei a ti também pelo meio e a mim e a nós. E reencontrar-nos-emos com a metade que de mim e de ti e de nós há tanto tempo fugiu...

4 de setembro de 2009

Hoje é dia de festa!

Hoje a PH faz anos, o que significa necessariamente que logo à noite vai haver festa rija!
E eu vou entrar totalmente no espírito, o que significa necessariamente que vou comer de tudo, sem pensar nas consequências!

Dieta, agora, só na 2.ª feira! (porque assim tenho o fim-de-semana inteirinho para me culpar, lamentar e martirizar). Ah! E vou aproveitar também para me mentalizar dos tempos de sacrifício que se avizinham para voltar a ter um corpinho minimamente decente...

 

3 de setembro de 2009

Indecisões

Às vezes, farto-me de mim... das minhas indecisões, do conflito iminente que de mim se apodera e que surge entre o meu "eu psicológico" e o meu "eu físico". Da vontade de agir, do querer fazer as coisas aqui e agora e, inevitavelmente, acabar por deixá-las para depois...
Do planear diariamente as coisas a fazer e chegar ao fim do dia e constatar que não as fiz...
Do arrependimento que me entristece...
Do pensar demasiado e dissecar tudo ao pormenor e na incrível quantidade de tempo que dispendo com estas tarefas... Tempo que poderia, sem dúvida, ser canalizado para um agir imediato e momentâneo!... Simplesmente go for it!, sem mais delongas...
E é por isso que hoje estou chateada comigo mesma...

Foto: http://oqueavidanosreserva.files.wordpress.com/2009/06/indecisao1.jpg

2 de setembro de 2009

Porque rir faz bem à alma #1

Tenho uma amiga (minha homónima, por sinal) que é deveras engraçada. Não só pela sua maneira de ser jovial, pelos seus comentários incisivos, pelo facto de "rodar a saia" vezes sem conta quando algo a incomoda mas, principalmente, porque tem um sentido de humor fantástico!


Assim, não resisto a partilhar este delicioso momento:


Marquês de Pombal, 3 p.m.
Eu e a minha homónima à porta do escritório (na incrível indecisão de "subir ou não subir, eis a questão")


Passa por nós a A. (uma secretária amorosa que trabalha no nosso piso) e, pobre coitada, fica com o tacão preso na calçada.
Olha para nós, sorri e diz: "Que chatice, fico sempre presa!"


Resposta imediata da minha homónima: "Oh A., não se prenda por nós!!!"
(eu sei que não tem a piada do momento mas não resisti a partilhar...)

1 de setembro de 2009

Hoje é dia de mudança...

Sou uma mulher de números. Adoro-os e dou-lhes uma importância extrema... (talvez demasiada!!!) E o pior é que sempre fui assim, desde miúda... Lembro-me que tinha até uma mania horrorosa de estar sempre a efectuar cálculos mentais que quase me levava à loucura... Era mais ou menos assim: eu dizia ou pensava qualquer coisa e, mental e concomitantemente (vejam só o ridículo que era!!!), somava as letras de cada uma das palavras, contabilizando-as numa espiral que parecia não ter fim!!!! E o pior é que não conseguia mesmo parar. Foi uma fase horrível da minha vida (felizmente ultrapassada há muito tempo)!


Mas, e antes que recupere o vício, vou continuar este texto (concentrada e evitando contabilizar as palavras mentalmente)! Eu adoro números! E tenho uma aptidão incrível para os decorar, sejam eles números de telefone, códigos postais, números de matrículas (que paranóia!) and so on... Não me espanta assim que as datas tenham uma importância tão grande (por vezes, até, assustadora) na minha vida...
E a data de hoje agrada-me deveras! Não consigo explicar porquê mas soa-me bem! E foi precisamente por isso que decidi tornar esta data ainda mais especial...


Eu sou uma pessoa platónica... Acho que esta é a palavra adequada para me descrever... Adoro conjecturar, criar bolhas de pensamento no ar, imaginar, sonhar acordada mil vezes por dia, operar dezenas de mudanças em mim -ainda que apenas mentalmente!


Mas hoje, sei lá, acordei diferente! Decidi que tinha de começar a pôr em prática todos os meus devaneios mentais. Por exemplo, estou sempre a lamentar-me que estou demasiado gorda e a queixar-me dos quilinhos a mais sem, no entanto, RIGOROSAMENTE NADA FAZER! Pois bem, hoje decidi fazer algo! E não é que na minha recente deslocação ao Colombo à hora de almoço consegui ir àquela cadeia de hambúrgueres que não vou dizer o nome (mas que começa por um M e termina num 's e tem um cDONALD pelo meio) e optar por uma saladinha?!? Fiquei tão orgulhosa de mim mesma!!! O efeito que tal atitude provocou em mim resume-se à Mudança n.º 1 na minha vida: a partir de hoje, dia 01-09-2009, terei uma alimentação saudável que se irá enquadrar perfeitamente no estilo de vida saudável e zen que quero adoptar para a minha pessoa.


Como se não bastasse o facto de ter sucumbido a mais uma tentação alimentar (e de vitoriosamente ter ignorado essa inimiga), logo de seguida dirigi-me à Fnac para aderir ao respectivo cartão. Objectivo: desconto de 6% no Curso de Fotografia Digital em que me irei inscrever esta semana! E, como se não bastasse, acabei de fazer a pré-inscrição num Curso de Escrita Criativa! Assim, Mudança n.º 2: apostar em mim, mimar-me e inscrever-me em dois dos cursos que há tanto queria fazer! (parece-me que o curso de mergulho vai ter de ficar para depois...)


E logo à noite, tenciono ainda arrastar este corpinho semi-obeso e o do meu querido namorado para um passeio a pé pela Ericeira! E tenho dito! Estou feliz comigo mesma por estar, finalmente, a agir e não apenas a fazer planos para um dia destes..... P.S. Acho que afinal - e contrariamente àquilo que pensava - estas férias deram-me um certo ânimo!

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