7 de setembro de 2009

Procura

Rasgo a auto-estrada deserta e desfaço todas as suas curvas em silêncio. A noite sombria assusta-me mas não tenho receio. Sigo confiante em busca de metade de mim. Metade está contigo, comigo, connosco e com os outros, a outra metade perdeu-se algures, num tempo remoto... mas precisa de mim. E eu preciso dela.
Preciso dessa metade para sobreviver, para voltar a sorrir por dentro, e por isso a procuro. Procuro a sua sombra, metade da minha sombra. A metade que agora existe não me chega, não nos chega...
Metade de mim, metade de mim se desprende. Devagar, mais depressa, a cem à hora alcança uma velocidade imperceptível.... às vezes sinto que também ela foge de mim, tal como eu fujo de mim mesma. Como é fugaz a minha alma, ao querer, assim, desprender-se de mim...

Procuro-a. Procuro-a desesperada. Tenho a certeza que irei encontrá-la. E encontrar-te-ei a ti também pelo meio e a mim e a nós. E reencontrar-nos-emos com a metade que de mim e de ti e de nós há tanto tempo fugiu...

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