30 de setembro de 2009

Elogio ao amor



Se há coisa que me faz confusão é (quase) todos os dias receber a notícia de alguém que se separou ou está prestes a fazê-lo... Porque o amor acabou, porque as mentalidades mudaram, porque as prioridades passaram a ser outras, porque as discussões se tornaram rotineiras, porque o diálogo deixou de existir e, às vezes até, apenas porque sim. Ora, é precisamente isto que me faz confusão. As relações não deviam terminar apenas porque sim. Passo a explicar.

Eu sou daquelas pessoas que tem uma visão romântica (mas não exacerbada) do amor. E faz-me confusão que as relações amorosas das pessoas à minha volta terminem assim do nada, por vezes mais depressa do que começaram... Não é o acto em si (o de terminar, entenda-se) que me transtorna. Não é o facto de duas pessoas terminarem uma relação, de sua livre vontade, que me incomoda... Ninguém deve ficar prisioneiro de uma relação se não amar a outra pessoa. Eu acredito e, para mim, só assim faz sentido, que toda a gente tem o direito de pôr fim a algo que não o faça feliz nem o satisfaça seja a que nível for. Mas o que me transtorna mesmo é a displicência com que o fazem, a falta de espírito de sacrifício para, por vezes, continuar a batalhar só mais um bocadinho e tentar salvar um relacionamento que, provavelmente, teria tudo para dar certo...

O que me faz confusão é as pessoas desistirem à mínima adversidade, ao mínimo entrave apenas porque acham, de repente, que já não estão felizes e que a pessoa que têm ao seu lado já não as preenche. Porque perdem a consciência de que momentos maus existem em todas as relações e existirão sempre. Porque preferem, simplesmente, desistir... (em vez de fazer um pequeno esforço, tentando de forma consciente ultrapassar as pequenas adversidades com que se deparam). Apenas porque é muito mais fácil...

Não estou a generalizar nem o pretendo fazer. Bem sei que cada caso é um caso. Estou apenas e tão-só a falar de casos concretos, de situações que me são familiares. E apeteceu-me escrever este post porque fico triste com todas estas situações que se passam à minha volta.

Porque o amor merece muito mais e não devia ser tratado com desprezo e vivido com leviandade... Porque o amor também significa sofrer (muitas vezes em silêncio) e bater com a cabeça nas paredes. Mas significa também partilhar, dividir e multiplicar e, principalmente, perdoar. E saber ceder e dar de si. Mais do que se espera poder vir a receber em troca...

1 comentário:

Anónimo disse...

Dear Miss Strawberry!

Concordo inteiramente...
O amor é muitas vezes desprezado, quando na verdade é tudo o que cada ser humano procura! Sem amor, não há sucesso profissional que alegre o momento de ir para casa, que entusiasme para sair do escritório a correr para casa!! Sem amor não há brilho nos olhos que perdure, nem borboletas na barriga que provoquem sorrisos! E ainda assim, todos nós estamos dispostos a desistir apenas por um dia mau, uma palavra torta, um gesto irreflectido! Que mania que o ser humano tem de se contradizer no que deseja e nas suas atitudes! Somos realmente uns bichos muito estranhos!
Mas como sou uma optimista por natureza, ainda estou à espera do dia em que toda a gente diz o que pensa e age de acordo com os seus desejos!! Um dia chegamos lá! ;)

PS: Adoro o teu blog!!!

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