Às vezes sinto que vivo numa realidade que não é a minha...
É como se o meu espírito, de repente, se elevasse e abandonasse o meu corpo, deixando-o inócuo, vazio e prostrado sozinho no lugar onde se encontra... O meu corpo fica no presente mas o meu espírito viaja no tempo, ora se afundando num passado submerso ora tentando desbravar um futuro imperceptível... como se quisesse corrigir algo, em jeito de penitência, ou alcançar uma nova verdade, em jeito de recomeço...
É como se divagasse pelo espaço, aos tropeções, se incorporasse numa e noutra massa e por mim gritasse, ao longe, exigindo-me que largue tudo e o acompanhe...
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