29 de abril de 2011

Este será provavelmente um dos maiores posts de sempre (a começar pelo título) mas eu estava mesmo a precisar de dar o grito do Ipiranga

Há pouquíssimo tempo atrás, eu andava infeliz. Aliás, eu estava mesmo de rastos. Com o aproximar do casamento, acho que entrei em paranóia com o meu corpo e a minha maneira de ser e de estar. A imagem que projectava de mim (e que ainda projecto), naquele dia em particular, era a de uma noiva magnífica (magra, entenda-se). Desde o início do ano que tenho andado numa luta constante comigo mesma (acho que isso se tem notado bastante por aqui e lá por casa também, diga-se de passgem, com o meu mau feitio exponenciado para lá dos limites do razoável...) e experimentei todas as dietas que possam imaginar. Tentei de tudo, desde a Lev à dieta do limão, passando pela dieta da sopa... até que percebi que estava a endoidecer. Eu estava, literalmente, a ficar maluca. Só pensava em comida, no que podia ou não comer, no que me estava mesmo a apetecer naquele momento, nas saudades que tinha desta ou daquela comida. Estava sempre a planear aquele que seria  o "último" dia, a "última" refeição à vontade, aquela em que poderia comer tudo aquilo que queria e no dia seguinte, aí sim, começaria a ter cuidado com a alimentação. Podem não acreditar mas houve dias seguidos, provavelmente semanas, em que todos os dias era o "último dia". Até que não aguentei mais e decidi, simplesmente, MUDAR. Mudar de hábitos alimentares, mudar o meu conceito de comida saudável, mudar a forma como me tenho alimentado e a forma como encaro a comida, mudar de perspectivas, mudar, mudar, mudar...

Não o objectivo, como é óbvio, mas sim a forma como vou atingi-lo. Eu quero ser uma pessoa saudável e não quero andar a vida toda em dietas (já foram demasiados os anos a viver assim). Eu quero sentir-me bem sempre e não apenas nos primeiros dias em que começo uma nova dieta. Eu quero fazer exercício físico para me manter saudável e enérgica e não por obrigação. Eu quero ser uma mulher linda, sem excesso de peso e saudável e não apenas a noiva que, naquele dia, estava deslumbrante. Eu quero a excelência sempre. Quero ser uma pessoa saudável, enérgica, de bem com a vida. Eu quero ser uma pessoa feliz. E, recentemente, tomei duas decisões fundamentais: primeiro, não quero morrer nova e, segundo, não quero morrer doente e cheia de dores e, portanto, no que depender de mim, vou tratar do meu corpo, mente e alma como se fossem os bens mais preciosos que alguma vez possuí. Até porque são mesmo.

Agora, tenho cuidado com o que como. O meu corpo já não é mais um depósito de porcarias e toxinas. Agora seleciono e escolho os alimentos e divirto-me a prepará-los, cozinhá-los e, claro está, a comê-los. Agora, levanto-me cedíssimo para ir andar a pé ou correr, quando quase toda a cidade ainda está adormecida. Agora, ando cheia de energia e sinto-me bem e feliz. Agora, só agora, percebo verdadeiramente o quão mal me alimentei a vida toda e só lamento não ter percebido isto mais cedo.

Agora, sim, posso dizer que sou uma pessoa feliz.

28 de abril de 2011

Descobri o segredo para mudar de vida

Chama-se força de vontade. Tão simples quanto isso.

It's a new day, it's a new life.... and I'm feeling good!

E o bom que é acordar às 5 da manhã? Já fiz de tudo um pouco: meditação, yoga e uma corrida pelo Jardim da Estrela. Não necessariamente por esta ordem.

Vi um sol maravilhoso a espreguiçar-se devagarinho no céu azul. O reflexo nas árvores e plantas do jardim é assim uma coisa indescritível. Que sensação tão boa!

Ainda são 10 da manhã e parece que o meu dia já vai a meio de tanta coisa que fiz, o que é óptimo. Parece-me que, finalmente, descobri a maneira de os meus dias terem 48 horas...

27 de abril de 2011

A felicidade é

a praia de São Lourenço e a dos Coxos, ao entardecer, nós, o sol e o mar e um jantar na pizzaria do costume.

Mas também é acordar a teu lado, com o sol a espreitar pela janela e sorrir. Simplesmente porque sim.

19 de abril de 2011

I shall say this only once


{Estou a precisar de uma lufada de ar fresco na minha vida. Não falo de um novo emprego nem de uma nova casa nem sequer de um bebé. A mudança que procuro é em mim. A mesma mudança que há tanto tempo procuro e ainda não consegui encontrar. Há dias [infelizmente, ainda são poucos] em que sinto que estou no bom caminho mas, subitamente, como se não dependesse de mim, acabo sempre por fazer algo estúpido e sem nexo que me desvirtua desse percurso. A verdade é que estou cansada e farta de lutar comigo mesma. Se ao menos a minha mente não fosse tão complicada... Decerto seria bem mais feliz.}

15 de abril de 2011


Tenho tantas saudades de ver o sol nascer.

13 de abril de 2011

E pronto, é oficial

Hoje lá fomos nós à Conservatória dar início ao processo de casamento. Depois de 4,5 h de seca [sim, foram mesmo quatro horas e meia!], lá demos início à coisa e, portanto, como diz o G. , agora é que não há mesmo volta a dar. [Haver há sempre, nós é que não queremos.]


we are going to marry, we are going to marry, we are going to marry [can't wait].

Um bocadinho do nosso sonho foi hoje por água abaixo...

... mas não faz mal. Sonhamos outro!

11 de abril de 2011

It's detox time!

Pela primeira vez na vida, estou a fazer uma cura de desintoxicação e, portanto, pelo terceiro dia consecutivo que "ando a líquidos". Muito sumo, muita água e muito chá. Nada de comida sólida nem café.

Ao contrário do que pensava, estou a sentir-me estupenda. O primeiro dia passou-se bem, no segundo algumas dores de cabeça à mistura mas hoje sinto-me especialmente leve e cheia de energia. Na balança também já se nota qualquer coisinha, o que só me dá vontade para continuar.

O objectivo é conseguir fazer a cura durante dez dias. A ver vamos se consigo.

8 de abril de 2011

kiss

Gosto quando o meu mundo se agita ao sabor da minha mente, quando a felicidade paira no ar estampada num sorriso inocente. Gosto dos vossos sorrisos e miminhos pela manhã e dos dias felizes cheios de tamanha simplicidade. Gosto desta felicidade grande, cheia de pequenos momentos impregnados de coisas simples. São elas, as coisas simples, que me vão transformar na pessoa que quero ser.

[gosto de escrever coisas sem sentido; it makes me happy] 

Eu não o descreveria de forma diferente...

Bali – Os deuses não estão loucos [http://www.upmagazine-tap.com/2011/04/bali-os-deuses-nao-estao-loucos/?sms_ss=facebook&at_xt=4d9f124122217643%2C0]


2011/04/01

Não é à toa que lhe chamam “a ilha dos deuses”. Em Bali, na Indonésia, o divino está presente em tudo: nas paisagens, nas pessoas, no clima, nos sabores. Os deuses não estão loucos, mas você pode ficar.

Quando aterramos em Denpasar é já noite cerrada. Pedimos o visto, que é dado na hora, pomos as mochilas às costas e passamos por uma casa de câmbio para trocar alguns dólares de Singapura por rupias. De repente, ficamos cheios de notas e sentimo-nos milionários.

Sabíamos que íamos chegar tarde e a más horas, por isso marcámos um hotel de véspera. A reserva deu direito a um motorista que nos veio buscar ao aeroporto. Ele chama-se Made (que se pronuncia Mádê), tem sorriso fácil e fala razoavelmente inglês. Simpatizamos de imediato com o seu jeito tímido e educado e é dele que recebemos a primeira lição acerca da cultura balinesa. Aqui, os homens têm um de quatro nomes que são atribuídos segundo a ordem de nascimento. Os primogénitos chamam-se Wayan. Depois vêm os Made, seguidos dos Nyoman e por fim os Ketut. Além da lição, dá-nos também um conselho: “Não andem de mota. Podem magoar-se”. Quem te avisa, teu amigo é, já diz o ditado e com razão, porque o trânsito é caótico. Enxames de scooters ziguezagueiam entre os carros. Umas levam famílias inteiras: pai, mãe, o filho de dez anos, a filha de cinco, o reguila de três e o bebé de colo; outras são conduzidas por turistas bronzeados com uma mão no guiador e outra a segurar a prancha de surf. Os carros ultrapassam outros carros pela berma enquanto são ultrapassados por cinco ou seis motas. A certa altura, acho mesmo que Made tem poderes de adivinho, prevendo sempre a direção que os outros vão tomar. Tarefa impossível quando nem carros nem motas parecem vir equipados de série com pisca-piscas.

Chegamos ao hotel, atiramos as mochilas para um canto, tomamos um duche e jantamos na varanda. De um grupo de cinco portugueses, dois andam a cirandar pela Ásia há umas semanas, um mora em Singapura há sete meses, e os outros dois chegaram há um par de dias trazendo-nos pitéus caseiros para matar saudades. Nada contra o nasi goreng (arroz frito) – antes pelo contrário –, mas este pão de Mafra com chouriço assado veio mesmo a calhar.

De outro mundo
Seguindo o conselho de Made, em vez de motas, alugamos um carro e partimos à descoberta da ilha. Na praia de Uluwato as ondas sucedem-se, alinhadíssimas e hipnóticas. Controlamos o surfista que há dentro de cada um de nós – até porque hoje as ondas são areia demais para a nossa camioneta – e optamos por um roteiro cultural. Primeira paragem: o templo de Uluwato. Pagamos a entrada, vestimos um sarong, como manda o protocolo, e um tipo que se auto-intitula guia cola-se a nós. Diz que tem de defender-nos dos macacos, que gostam de surripiar os visitantes. Ao longo da visita repete sempre a mesma lengalenga: “O templo tem 500 anos. Cuidado com os macacos. As ondas em Uluwato hoje estão boas”. Tentamos saber mais coisas. “Quem construiu isto? Há quanto tempo é que está abandonado? Ainda se realizam cerimónias aqui?”. Ele responde: “O templo tem 500 anos. Cuidado com os macacos. As ondas em Uluwato hoje estão boas”. Pede-nos 20 mil rupias pelo serviço e não conseguimos dizer que não – ao fim e ao cabo são dois euros.

Seguimos para oeste. Um casal simpático diz-nos que vale a pena ir até ao templo de Tanah Lot, acessível apenas durante a maré vazia porque fica no meio do mar. Homens e mulheres balineses desfilam trajados de branco e a rigor. Vêm para um ritual que, mais do que pelo aspeto folclórico, deslumbra pela genuína devoção com que os crentes separaram para os deuses o que têm de melhor, seja a mais bela flor do jardim ou a melhor peça de fruta do quintal.

No regresso, decidimos atalhar caminho. Diz-se que quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos, mas, neste caso, a história será outra. Desviados da rota inicial, temos a sorte de dar de caras com Echo Beach. Cá para mim foram os deuses que nos empurraram para aqui, para nos mostrarem mais um cartão postal da sua ilha. Enquanto uns apreciam as últimas novidades da sétima arte pirateadas por um vendedor ambulante, outros tentam aprender com alguns miúdos a arte de lançar papagaios de papel.

Enquanto fotografo o pôr-do-sol penso que, provavelmente, por ter passado boa parte da minha infância nos Açores, consigo sempre perceber as singularidades de uma ilha vulcânica, seja ela no Atlântico, no Índico ou no Pacífico. A humidade cola o suor ao corpo, as plantas têm cores estapafúrdias, os cheiros são mais intensos e a terra emana uma energia tão intensa que entra por nós adentro. Bali tem tudo isso e mais ainda. Tem o condão de nos encher a alma e o coração de paz. E o bandulho de iguarias… o buffet de peixe e mariscos do bar da praia é qualquer coisa de divinal.

Metamorfoses
Espreitamos depois Padang Padang, praia tão boa que merece que o seu nome seja dito duas vezes. O mar continua a não querer nada connosco, surfistas amadores. Seguimos para Ubud. Da janela do carro assistimos à metamorfose que é passar do litoral para o interior. Os surfistas desapareceram, as lojinhas deram lugar a oficinas e os arrozais tomaram conta da paisagem. Em Ubud, mistura-se o chique e o hippie, o sofisticado e o pé descalço, o caro e o barato. É a custo que compramos apenas meia dúzia de coisas. Dá vontade de trazer este mundo e o outro, de ligar para um amigo galerista e dizer-lhe que encontramos um artista talentoso na rua, de comprar espaço a peso de ouro num contentor de cargueiro para levar mobílias que são ao preço da chuva. Os miúdos são negociantes natos e conseguem fazer-nos crer que uma bugiganga qualquer ou um postal que retrata a paisagem acabada de fotografar são a última coca-cola no deserto. Cedemos, não pelas coisas, mas pela alegria que lhes damos quando fechamos negócio.

Em Tampak Siring, nas redondezas de Ubud, mergulhamos na fonte sagrada de Pura Tirta Empul. Reza a lenda que foi o deus Indra quem a criou para regenerar os seus poderes depois de ter sido envenenado por Mayadanawa. Os habitantes acreditam que estas águas têm propriedades curativas. Não sabemos se foi o poder da sugestão mas sentimo-nos tão revigorados que vamos diretos para a noite de Kuta.

Bagus = Cool
Um tipo a imitar Michael Jackson, uma inglesa desafinada a cantar Whitney Houston a plenos pulmões, um espéculo de drag queens ou malabarismos com fogo. Tudo acontece no espaço de 500 metros em Kuta Beach. Bebericamos umas quantas Bintangs (cervejas) no M-Bar e acabamos a dançar no Sky Garden. Aqui, a noite pode ser demasiado ousada e frenética para malta de hábitos pouco extravagantes. Ou então agressiva de mais para quem abusar do jungle juice. É que o dito “suminho” é um cocktail à base de arak (espécie de aguardente), que tem uma percentagem alcoólica obscena.

Fartos de perder tempo no meio do trânsito e de nos perdemos, entregamos o carro de aluguer e ligamos ao nosso fiel amigo Made, que, por um preço estupendo, aceita conduzir-nos por Bali nos dias seguintes. Ainda temos tanto para fazer. Como por exemplo, surfar em Bingin e jantar um belo naco de espadarte com os pés na água na baía de Jimbaran, enquanto cantamos Beach Boys acompanhados por “mariachis” balineses. Também ouvimos dizer que o Ku De Ta, em Seminyak, é o bar mais “in” do momento e que se não formos ver o nascer do sol no monte Batur, um vulcão em Kintamani, é como ir a Roma e não ver o Papa.

Mas isso são cenas dos próximos capítulos. Para já, concentramos todas as nossas atenções neste pôr-do-sol em Balangan. Com os pés na areia e uma Bintang na mão sentimos que encontrámos a fórmula da pedra filosofal. Haverá outra maneira de nos sentirmos mais perto dos deuses?

por Maria Ana Ventura
fotos Maria Ana Ventura e João Pedro Jorge

7 de abril de 2011

Não era tão mais fácil o painel das mensagens estar directamente ligado ao meu pensamento?

Não imaginam as coisas que gostaria de ver aqui escritas, para um dia não me esquecer. O problema é que a minha cabeça anda a funcionar a um ritmo alucinante e eu juro que não tenho tempo para reduzir a escrito tanta ideia, tantos planos, tantas sensações e emoções, tanto querer, tanta loucura... 

6 de abril de 2011

Não sei o que se passa comigo mas acho que estou a gostar...

Há três dias que não toco em cigarros nem bebo café. Estou tão saudavelzinha que quase não me conheço...

Tenho dormido pouco e acordo sempre com uma energia descomunal. Hoje, por exemplo, acordei às 5.21 (atenção ao detalhe) e fiquei uma hora na cama a decorar mentalmente o resto da minha casa. Às 6:21 (coincidência ou não), levantei-me e fui lavar a loiça (só porque não podia aspirar a casa... ). Depois, bem, depois arrisquei-me "à grande", sujeita a levar uma lambada na cara logo pela manhã. Fui acordar o G. para irmos andar a pé. Vá lá, acabou por alinhar e lá fomos nós até ao Jardim da Estrela para um fantástico passeio matinal. 

É impressionante como acordar cedo muda logo o nosso estado de espírito. Acho que esta "new me" veio para ficar...

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