Ainda assim, conseguiram celebrar, em conjunto, a cerimónia religiosa mais hipócrita de todos os tempos. Acabada a cerimónia, os convidados que têm relações de amizade entre si trocam informações e apercebem-se que há duas festas: uma com o baby, em casa de sua mãe; outra sem o baby, em casa de seu pai. O G. é amigo do pai do baby e foi assim que eu fiz parte (e jamais esquecerei, confesso) da festa mais alucinada de todos os tempos.
Se alguém me dissesse que eu iria estar numa festa daquelas, com dezenas de marmanjos, a celebrar o baptizado de um puto de 3 meses, eu iria jurar a pés juntos que jamais, jamais, atentem bem, me veriam numa situação dessas. Cala-te boca que nestas coisas o melhor mesmo é ficarmos calados e não dizer desta água não beberei. Pelo menos, foi a lição que eu retirei daqui. E então eram mais ou menos 50 pessoas (entre as quais, 4 a 5 raparigas, euzinha incluída), numa casa minúscula mas com um grelhador ao pôr-do-sol e isso é que é importante, diziam os convivas. Foram quilos de carne, rios de bebida, vidas tão cheias, foram oceanos de amoooorrrrr… (e muita ganza se fumou naquela sala, credo!, e a música fazia (literalmente) estremecer todas as (poucas) paredes daquela casa e toda a gente dançava e dançava e falava alto pa caraças e continuavam a encharcar-se em bebida e eu às tantas, em desespero de causa, decidi beber um copo de vinho tinto quase de penalti e roguei ao G. por amor de Deus, leva-me daqui para fora imediatamente! Ala que se faz tarde, saímos na hora certa. Depois, ao que sei, foi o degredo total e os donos da casa (sim, que o recém-papá-recém-separado divide agora casa com um amigo) a tentar manter a postura perante a polícia enquanto alguém gritava da varanda “enrola outra, enrola outra”!
Eu e o G. decidimos então ir para um sítio mais calmo, mais a nossa (minha) onda e fomos ouvir o concerto da sweet Jasmim Jones no surf camp de Ribeira d’Ilhas. E eu confesso que não aguentei mais. E não queria acreditar no quão surreal havia sido a minha tarde de sábado. E foi aí que, iluminada, quem sabe, por uma luz divina, achei por bem começar a beber como se não houvesse amanhã. E assim foi uma morangoska, e outra e outra e ainda mais outra. Mas afinal houve amanhã e a bebida não me tocou assim tanto. Só um bocadinho, pronto.
Do G. nem vou falar. Deu asas à imaginação e foi vê-lo voar. Fui eu quem levou o carro para casa mas no dia seguinte o fofo ainda me disse: “olha, consegui estacionar bem o carro ontem à noite!, completamente surpreendido com a sua façanha!”. Pois, pois, estacionaste lindamente, querido. A cabeça na sanita, claro!
Andam uns pais a criar uns filhos uma vida inteira para isto. Shame on us…
4 comentários:
Ahahahahahaha! O que eu me ri com este relato, lindos, seus bebedolas!
Qual shame, orgulho, afinal chegaram intactos! :P
Bjs
Sim, é um facto! E a noite até acabou por ser bem divertida.
Quando nos juntamos?
Bjs enormes
Beeemm... Qie baptizado tão Sui generis... É a modernindade! ;-)
Vocês fizeram bem, divirtam-se! Nada de vergonha e repitam a dose :-)
Beijinhos!
É a modernidade infelizmente, Mãe Inês. Neste aspecto, continuo a preferir os baptizados tradicionais ;)
Pronto, ok, já que insistes vou repetir a dose (e palpita-me que é já este fds...)
Bjs enormes
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